Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama

Celebrado a 30 de Outubro, o Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama integra a iniciativa “Outubro Rosa”, que pretende sensibilizar a sociedade para a luta contra o cancro da mama.

Promovido pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, a sua finalidade é consciencializar para a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama, nomeadamente através do Rastreio.

De acordo com os dados mais recentes (Globocan, 2021), o cancro da mama é o mais prevalente em Portugal e em todo mundo.

Cerca de 1% dos casos desenvolvem-se no homem.

Apesar de desconhecidas as suas causas exactas, são identificados alguns factores de risco:

Idade (80% de todos os tipos de cancro da mama ocorre em mulheres com mais de 50 anos).
Reincidência – uma mulher que tenha tido cancro numa mama, tem maior risco de ter a doença na outra mama.
História familiar: o risco é agravado se a mãe, tia ou irmã tiveram cancro da mama,
Alterações genéticas, nomeadamente dos genes BRCA1 e BRCA2.
Primeira gravidez depois dos 31 anos.
História menstrual longa – mulheres que tiveram a primeira menstruação em idade precoce (antes dos 12 anos de idade) e tiveram uma menopausa tardia (após os 55 anos).
Terapêutica hormonal de substituição – mulheres que tomam terapêutica hormonal para a menopausa durante 5 ou mais anos após a menopausa.
Excesso de peso.
Falta de atividade física.
Consumo de tabaco ou consumo excessivo de álcool

Se diagnosticado e tratado precocemente, o cancro da mama tem uma taxa de cura superior a 90%. A prevenção e diagnóstico precoce são assim fundamentais para o aumento da sobrevivência e manutenção da qualidade de vida da mulher.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a vigilância da mama assenta nas seguintes orientações:

Realização do autoexame mamário mensalmente (após o período menstrual), a partir dos 20 anos. Deve ser consultado o médico se caso sejam sentidas ou observadas alguma destas alterações: nódulo/endurecimento na mama ou na axila; alteração no tamanho ou formato da mama; mudança da coloração ou sensibilidade da pele da mama ou da auréola; retração da pele da mama ou do mamilo; corrimento mamilar.
Avaliação clínica da mama a partir dos 20/30 anos.
Realização da primeira mamografia por volta dos 35 anos.
Realização da segunda mamografia a partir dos 35 anos, de 18 em 18 meses, até à menopausa.
Depois da menopausa, a mamografia deve ser realizada de 24 em 24 meses.
Existindo factores de risco pessoais ou familiares, personalização e reajuste dos tempos de vigilância pelo médico.