Sono e doença cardiovascular

15/01/2024

Sono e doença cardiovascular

Um estudo publicado na BMC Medicine demostrou que um sono de má qualidade aumenta o risco de doença cardiovascular e de morte prematura.

O estudo utilizou dados de mais de 300.000 indivíduos de meia-idade do Biobanco do Reino Unido. Os autores avaliaram aspectos como duração, queixas de insónias, roncopatia, sonolência diurna, para repartir os participantes em três grupos:  sono de má qualidade, de qualidade intermédia e de boa qualidade

Quase metade dos participantes (cerca de 140.000) tinham dados de cuidados primários disponíveis; os autores usaram esses dados para identificar participantes com insónia diagnosticada clinicamente, distúrbios respiratórios relacionados do sono e outras perturbações do sono, e estimaram a esperança de vida livre de doença cardiovascular de cada participante (ou seja, o tempo que cada um poderia viver sem sofrer de doença cardiovascular) com base em modelos de Markov.

 

Os autores do estudo descobriram que diferentes perturbações do sono estavam associadas a diferentes durações de vida com doença cardiovascular. As mulheres que foram classificadas como pessoas com sono de má qualidade perderam 1,8 anos de vida livre de doença cardiovascular em comparação com as mulheres com sono saudável, e os homens que dormiam mal perderam 2,3 anos em comparação com os seus homólogos com sono reparador. Os distúrbios respiratórios relacionados com o sono tiveram um impacto significativo na vida livre de doença cardiovascular, tanto em homens como em mulheres, com os homens a perder 6,7 anos de vida livre de doença cardiovascular e as mulheres, 7,3 anos.

 

É sabido que a apneia do sono aumenta o risco de doenças coronária, mas este estudo chama a atenção para os efeitos cardiovasculares significativos da privação de sono, contribuindo assim para a crescente evidência que relaciona o sono com a saúde cardiovascular, incluindo a recente junção do sono saudável pela American Heart Association à sua lista de factores-chave na manutenção e melhoria da saúde cardíaca.

Como diz o adágio “dormir é meio sustento”.

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