
A doença celíaca é uma condição autoimune desencadeada pela ingestão de glúten, uma proteína presente no trigo, centeio e cevada. O diagnóstico correto é essencial para evitar complicações e garantir um tratamento adequado, baseado em uma alimentação isenta de glúten.
O processo de diagnóstico inicia-se com a identificação dos sintomas que podem levantar suspeitas da doença. Estes incluem distúrbios gastrointestinais, como diarreia crônica, dor abdominal e inchaço, bem como manifestações extraintestinais, como fadiga, anemia e perda de peso. No entanto, algumas pessoas podem ser assintomáticas, tornando os exames médicos fundamentais para um diagnóstico preciso.
Os testes laboratoriais são o primeiro passo na investigação da doença celíaca. Testes sorológicos detetam a presença de anticorpos específicos, que indicam uma reação imunológica ao glúten. Caso os resultados sejam positivos, pode ser necessária uma biópsia intestinal para confirmação do diagnóstico. Este exame avalia a extensão dos danos nas vilosidades intestinais, estruturas essenciais para a absorção de nutrientes.
Em situações de resultados inconclusivos, testes genéticos podem ser realizados para identificar a presença de determinados genes, que estão associados à doença celíaca. Embora a presença desses genes não seja uma confirmação definitiva da doença, a sua ausência pode ajudar a descartá-la.
É essencial que não se faça qualquer restrição alimentar antes da confirmação diagnóstica. A eliminação precoce do glúten pode levar a resultados inconclusivos nos exames, dificultando um diagnóstico preciso. Se houver suspeita de doença celíaca, é fundamental procurar um profissional de saúde para uma avaliação adequada e um acompanhamento nutricional especializado.